Criptomoedas e suas blockchains na inclusão social

Published: 26 de nov. de 2021 17:29 UTC2min read
E-coins on tablet computer with charts on screen
Com a economia mundial se ajustando gradativamente às criptomoedas e seu imenso potencial, impactos sociais efetivos são bem vindos para embasar melhor as blockchains como soluções na naturezas variadas, com destaque para as movimentações nas blocos em cadeia como alternativa viável aos problemas da bancarização.
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O alcance das blockchains

Nos debates que permeiam as estruturas econômicas atuais e seu possível alcance social, um termo recém criado vêm ganhando cada vez mais espaço: bancarização.

Trata-se justamente da inclusão populacional nos sistemas financeiros de cada país, e é importante ao considerar que cidadãos “bancarizados” podem usufruir de ferramentas para que seus recursos sejam melhor geridos, promovendo gradativo desenvolvimento econômico.

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Outro tópico que esquenta as conversas econômicas atuais são os criptoativos. Com diversas nações mundo à fora estabelecendo suas regras para lidar com a novidade, muitas questões ainda são levantadas sobre suas aplicabilidades reais, com o argumento servindo como base de descrédito dos ativos e corroborando para o discurso que “criptomoedas não possuem nenhum valor base”.

É verdade que tanto o promissor setor das DeFis (finanças descentralizadas) como os demais dApps que podem explorar os benefícios das blockchains ainda precisem amadurecer coletivamente, o meio de funcionamento dos criptos já tem eficiência comprovada como solução para os problemas de bancarização.

El Salvador como prova concreta de validação de aplicabilidade

Por mais que os maiores destaques positivos que tenham sido notados em El Salvador girem em torno do bom aproveitamento nas valorizações vividas recentemente pelo Bitcoin (BTC) – com parte dos lucros já sendo suficientes para financiar obras importantes de escolas e clínicas veterinárias no país – o primeiro sucesso obtido pelo BTC no país centro-americano vem do alcance das carteiras digitais.

Nas últimas décadas, os bancos tiveram pouco sucesso em inserir o povo salvadorenho nos seus sistemas, com somente 30% da população (1,8 milhões) possuindo contas bancárias.

O número por si só já é preocupante, mas seu peso aumento ao considerarmos o fato de que a maior parte do PIB de El Salvador em 2020 consiste dos US$ 31 bilhões (28% do total) recebidos de remessas vindas dos Estados Unidos. Indo além, a realização dessas transações exigiu cobrança de US$ 2 bi em impostos.

Entretanto, em apenas 1 mês de funcionamento, a Chivo – carteira digital governamental que dá o suporte aos Bitcoins no país – ultrapassou os 2,1 milhões de registros feitos com documentos salvadorenhos (que garante ao cidadão US$ 30 em BTC).

Isso significa que mais pessoas podem gerir de maneira mais segura e eficiente seus recursos com muito menos impostos, além de derrubar por terra teorias que pregam uma grande distância entre os criptoativos e sua aplicação no “mundo real”.

E a questão vai além do aspecto puramente financeiro. A integração com a tecnologia nas mais variadas situações e necessidades é, em um mundo cada vez mais globalizado e desenvolvido tecnologicamente, uma condição básica de cidadania e inclusão social.

As questões dos potenciais lucros absurdos que escapam dos poderes centralizados de bancos e afins (sendo esse o mesmo contexto que propiciaria a redução de impostos) realmente motiva muitas destas falas de atrito e ponderação quanto aos criptoativos.

Contudo, ignorar os possíveis benefícios dessa integração seria, além ignorância perante ao inevitável futuro, injustiça com aqueles que em pleno século XXI não tem sequer condições de proteger e movimentar seu dinheiro efetivamente.

 

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